quarta-feira, 8 de junho de 2011

Olha pra o céu meu amor!



É junho, época alegre de muitas festas, mês que comemoramos São João, São Pedro e quantos santos mais dançarem forró. Aqui no nordeste temos comemorações, nossos rituais típicos elementos maiores de nossa cultura.

Somos identificados por nossos hábitos e os de nosso povo, neles podemos estabelecer nossa identidade. A compreensão e defesa de muitos traços fazem com que possamos defender nossa autonomia, liberdade e fim das contradições sociais. Um povo alienado é facilmente dominado e explorado por uma minoria que se apropria de nossa capacidade produtiva, utilizando estruturas ideológicas, que geram lucro e mais valia.

A indústria cultural, assim como qualquer comércio, é um front da batalha dos Alagoanos contra os piores índices de analfabetismo e miserabilidade do Brasil, quando vemos todos os demais estados da república diminuírem esses dados. Isso vai além de números são pessoas.

A Universidade tem, entre tantos, o papel de formar pessoas com ponto de vista crítico, e quando se trata da Universidade Estadual de Alagoas ela tem um papel que vai além da criticidade. Sua missão vem sendo formar intelectual e politicamente os filhos dos trabalhadores do interior do estado, que são vítimas contundentes da expropriação a alienação do trabalho, exploração do homem pelo homem e abuso do poder econômico nas eleições, para ocupar “espaços reais de poder”.

Nessa direção, como se justifica Forró do Tchê na UNEAL? Será que é porque alguns que reivindicam a direção do Movimento Estudantil são alienados?Será que não é alienação, são de direita, a favor da exploração do povo, mesmo que não seja o discurso?

É claro que tem uma galera esperta que quer apenas uma festa, somos jovens gostamos de festa, nelas podemos paquerar, conhecer uma galera massa, mas isso não quer dizer que vamos brincar algemados. Enquanto isso os bravos resistentes das “tradições nordestinas” estão nos supermercados, não nas prateleiras, eles ficam no cantinho tocando suas musicas, aproveitando os poucos espaços para trabalharem.

Mas é por quê? Não me venham dizer que é porque eles representam os “velhos”, nossos pais e avôs! Não sou Luiz Gonzaga, mas também pergunto: “a Deus do céu, ai. Por que tamanha judiação”.

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