O papel do CONSU não é de graça - 2° Comentário

Retomando a serie sobre o Conselho Superior da UNEAL, “O papel do CONSU não é de graça”, falarei neste segundo comentário sobre a função dos Conselheiros.

2° Comentário;

Sempre que formos refletir sobre a função dos Conselheiros da UNEAL não devemos cair no erro de reduzir o papel que cada um deles joga a um debate meramente pontual ou mecânico. A discussão sobre a representatividade nesse espaço pode se confundir com a função da Universidade no estado de Alagoas.

No primeiro comentário faço uma importante afirmação - “As decisões do CONSU podem revelar o nível do debate social dentro da Universidade, seus atores figuram como as principais referências ideológicas na principal instituição de ensino superior do interior do estado...”. Se o maior número de vagas no conselho forem ocupadas por elementos de idéias conservadoras ou que defendam o plano NEOLIBERAL empregado a educação por TEO/PSDB possivelmente as decisões do Conselho obedeceram a essa cartilha.

Todos os segmentos da Universidade têm representatividade, porém isso não quer dizer que parte de um princípio automático, onde o professor vai defender o professor ou o estudante o estudante. Não é assim, as pessoas representam as idéias, todos são elementos da disputa de projetos para uma sociedade melhor ou pior.

Se admitirmos que a UNEAL não só interfere, mas também intervém na vida dos trabalhadores do nosso estado, também teremos que admitir que as decisões políticas e acadêmicas da UNEAL vão além de nossos muros.

Recentemente vi em um sítio local de Santana do Ipanema que o Conselheiro eleito dos estudantes esteve envolvido na articulação de uma ocupação da Câmara de Vereadores daquele município, reivindicando segurança para os estudantes daquela cidade. Dias atrás participei doGRANDE ATO DA JORNADA DE LUTAS DA UNIÃO NACIONAL DOS ESTUDANTES – UNE, em Maceió, reivindicávamos, entre outras coisas, CONCURSO PARA PROFESSOR DA UNEAL.

Exemplos como esses mostram que a função do Conselheiro é política e social, podendo ser utilizada para encontrar avanços perdidos no capitalismo selvagem derramado em Alagoas.